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1º de abril: Como a brincadeira se transforma em mentira compulsiva
Parnaiba e Litoral |
sexta-feira, abril 01, 2016 |
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Todo mundo já tentou enganar um amigo ou
parente no dia 1º de abril. O problema é quando a brincadeira vira
rotina e a mentira compulsiva, difícil de controlar. Nesse caso, é
preciso ter atenção e buscar ajuda especializada.
A mentira compulsiva não chega a ser um transtorno psiquiátrico
documentado. Geralmente, é a descrição do que pode ser um sintoma de
outra doença, como transporte de personalidade bordeline, narcisismo ou
transtorno bipolar.
Isso não significa que todos os mentirosos sofrem de problemas mais
sérios, mas normalmente há uma causa subjacente para esse comportamento.
É possível que a pessoa deseje recompensa ou reconhecimento. Dessa
forma, busca atenção e a estima de outros para combater sentimentos de
inadequação.
Quem sofre desse mal pode não ser capaz de controlar as mentiras e
geralmente não experimenta qualquer culpa. Essa ausência de remorso é
explicada pelo fato de que o indivíduo se torna tão envolvido na mentira
que acaba acreditando nela.
Com o tempo, a pessoa vai se tornando hábil em mentir e fica difícil
que os outros determinem se ela está dizendo a verdade. Um estudo
publicado na Acta Psychiatrica Scandinavica indica que 40% dos
mentirosos compulsivos possuem uma disfunção do sistema nervoso.
Além disso, um levantamento trazido no British Journal of Psychiatry
destaca que mentirosos têm aumento da quantidade de matéria branca no
cérebro, o que sugere que é possível existir uma predisposição para o
problema.
Características da mentira compulsiva
Muitas características são comuns em histórias de pessoas que
costumam mentir. Se você conhece alguém que sempre falta com a verdade,
procure identificar os traços a seguir:
As histórias contadas não são totalmente improváveis e podem conter
algum elemento de verdade. Não são uma manifestação de delírio ou algum
tipo mais amplo de psicose
Elas não são provocadas pela situação imediata ou pressão social, pois se trata de uma característica inata da personalidade
O mentiroso tende a aparecer de forma favorável. Por exemplo, a pessoa
pode ser apresentada como sendo extraordinariamente corajosa ou
solucionadora de um problema
Vale saber que há tratamento para mudar essa realidade. Contudo, somente
eles só conseguem ser eficazes se o mentiroso compulsivo concordar em
se tratar. Grande parte das vezes, são amigos e familiares que precisam
se adaptar à situação para manter o relacionamento.
Quando o mentiroso aceita buscar ajuda profissional, geralmente os
psiquiatras costumam prescrever antidepressivos, para tratar problemas
subjacentes como depressão ou baixa autoestima.
Medicamentos contra ansiedade também podem ser usados para diminuir
esse sentimento que leva o indivíduo a mentir. Porém, uma das formas
mais eficazes para atacar o problema é a terapia comportamental, em que
ele pode conversar sobre o assunto e entender melhor como se sente.
Fonte: Doutíssima
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