Eliane ama Parnaíba e respeita seu público, rebate produtora

Foto: Proparnaiba.com

O Proparnaiba.com entrou em contato com a produtora da cantora Eliane, Amanda Faustino, para falar sobre o cancelamento do show da artista na madrugada da última segunda-feira, dia 19, no Sítio Tio Luiz em Parnaíba.

A produtora esclareceu que “a única pessoa responsável pela produção da Eliane sou eu e estava responsável também pela venda daquele show e eu não falei com ninguém da imprensa sobre o assunto no dia do ocorrido. E o que foi publicado não condiz com o pensamento da cantora, muito menos da produção”.

Ela relatou isso mediante declaração publicada pela Proparnaiba feita por membros de sua equipe após a retirada dos equipamentos do palco no Sítio Tio Luiz.

Amanda Faustino declarou que o problema causou muitos transtornos e que estes não deveriam ter sido rebatidos com mentiras.

“Eu vendi esse show a um rapaz conhecido como Edidoor que nunca tinha feito negócio comigo, tudo foi feito da maneira correta, enviado contrato, etc. O senhor Edidoor me pagou sim os 50% antecipados que é exigido em contrato, isso é um procedimento normal em qualquer contrato artístico”, diz a produtora.

Veja o trecho do contrato da cantora Eliane:

Forma de pagamento: 50% (cinqüenta por cento) no ato da assinatura do contrato com depósito em conta (Agência 2572-0 / Conta corrente 3319-7 / Bradesco / Favorecido: Francisco Leonaldo Alves ) e 50% (cinqüenta por cento) na data do evento, pago no hotel, antes do show.

Segundo Amanda, esses 50% que são pagos antecipados é apenas pra garantir a ida do artista até a cidade, para custos de deslocamento, ela disse ainda que esse show foi vendido por 14 mil reais que é um valor abaixo do mercado porque já estava na região.

“Ele (Edidoor) pagou os 50% antecipados, pagou inclusive de duas vezes que não é habitual, mas acabei aceitando um depósito de cinco mil e outro de dois mil. Essa primeira parte garante a nossa ida até a cidade, mas o que garante o show acontecer é o pagamento do restante que devem ser pagos no hotel. Eu sai do hotel sem receber, meu equipamento já estava todo montado e o som passado, pronto pra gente começar o show. Fui ate o Sr. Edidoor pra receber os sete mil restantes quando ele me chamou até uma bilheteria junto com esse Pedro, que eu nem sabia quem era, e juntos eles me perguntaram o que eu poderia fazer para amenizar o preço...para dar um desconto, porque a casa estava com pouca gente e eles não tinham como pagar eu disse que a única coisa que eu poderia fazer era dispensar minha porcentagem (700 reais), mas ainda assim eles não tinham o dinheiro”, contou Amanda.

A produtora declarou que o realizador da festa disse que iria a um caixa eletrônico (da rodoviária) tentar uma transferência, mas como era domingo depois das 23h não seria possível movimentação bancaria, mas mesmo assim ele tentou e não conseguiu.

Amanda negou que tenha recebido três mil reais no clube. “Ele não me deu mais nenhum real fora esses sete mil depositados antecipados, ele me propôs arriscar começar o show pra ver se ele juntava, sendo que o horário já estava estourado. Ele não ia juntar essa grana e depois do show feito? Eu ia fazer o que se ele não tivesse o dinheiro?”, indaga.

A produtora da cantora disse ter adotado o procedimento normal quando não é pago o restante do contrato, decidiu por não ter o show. “E ele me entendeu, pediu até desculpas, por ter contado com dinheiro de bilheteria pra pagar o dinheiro, disse que ele deveria ter se prevenido e ter esse dinheiro em mãos. Enfim, ficou tudo bem, fui lá dentro da casa de show e pedi que meu pessoal começasse a desmontar o equipamento pra gente ir embora foi quando esse Pedro veio até mim e disse: ‘olha eu te dou a chave do meu carro (Siena) que vale mais que 7 mil e você faz o show, ai você aguarda aqui na cidade, volta pro hotel e amanhã eu levo o dinheiro e você devolve o carro’. Porém eu não aceitei porque vendi um show que está tudo em contrato e deveria ser recebido em dinheiro”, revela Amanda.

Perguntada sobre de quem seria a responsabilidade sobre os ingressos vendidos e o dinheiro inicial pago, a produtora respondeu: “Eu vendi um show e não tenho responsabilidade alguma pela bilheteria. Eliane nada tem a ver com vendas de ingressos, nem eu. Você pode se informar com qualquer artista qualquer contratante sabe que o dinheiro pago no início é para que cheguemos até a cidade, aquilo que paga a nossa apresentação refere-se aos outros 50%”.

O Proparnaiba perguntou sobre a suposta declaração de Eliane que ali não tinha público pra ela. Amanda negou e informou que a cantora não teve conhecimento sobre o problema. “Eliane estava dormindo dentro do ônibus e não estava sabendo de nada até porque qualquer tipo de problema dessa natureza não é passado para ela. Tudo é resolvido sem sua interferência. E sobre essa fala do Sr. Pedro sobre gastos com hotel, camarim, etc, isso é de obrigação do contratante e esta em contrato”, rebateu.

Veja a cláusula do contrato:

1.9-Cabe ao contratante fornecer hospedagem e alimentação a todos os integrantes da banda durante a permanência dos mesmos na cidade, sendo que em local aprovado pela produção da artista (segue sugestões - anexo)

A produtora da cantora Eliane encerrou a entrevista da seguinte forma: “Não nego que recebemos a metade do valor do contrato e que ele cumpriu com as questões pedidas como hotel, alimentação, camarim, som, mas que eu também cumpri com a minha de ir até Parnaíba preparar meu palco, minha artista estava na porta do local dentro do ônibus para realizar o show, mas que o contratante não tinha os 50% e como diz o contrato o show não deve ser realizado. Eliane ama Parnaíba e respeita muito seu público, mas estamos falando de negócio. Ela canta, recebe por isso...esse é o nosso negócio, nosso ganha pão. Não quero mais mal entendidos o que aconteceu, pode acontecer com qualquer contratante e qualquer artista. Shows dão errado...as vezes não dão o público esperado, acontece. O que não pode é essa confusão”, finalizou.

Francisco Brandão para o Proparnaiba.com

Fonte: Proparnaíba.com